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Teorias da gestão escolar: perspectiva clássica e perspectiva crítica

Teorias da gestão escolar: perspectiva clássica e perspectiva crítica 

     Este é um parecer crítico sobre as perspectivas da administração escolar abordados no texto As teorias da gestão escolar e sua influência nas escolas públicas brasileiras (SOUZA, A.R)

     A perspectiva clássica apesar de abordar uma visão antiga e a qual eu não concordo, foi importante para o período, pois foi à primeira tentativa de sistematização da gestão escolar. Concordo com Leão no sentido de que o diretor deve ser, antes de tudo, um educador, é necessário que o diretor tenha então uma formação adequada. Mas o erro cometido por esse autor é confundir o diretor com a própria administração, pois o diretor é um agente e não é o único responsável pela administração escolar, mesmo que ele esteja no topo da hierarquia (dentro da instituição escolar, pois sabemos que fora dela existem outros poderes que influenciam). 

     Então, essa perspectiva clássica já começou em seus primeiros estudos a cometer erros. É sim errado acreditar que o diretor é o único responsável pela administração escolar, sabemos que ela não é centrada somente na figura do diretor. Ribeiro é sensato ao afirmar que o professor deve ter liberdade na elaboração das atividades, levando em conta o contexto da escola. Mas também está errado quando afirma que a administração escolar é muito semelhante à administração geral. Elas divergem em muitos aspectos e o principal é o seu objeto, o objeto da administração geral é apenas material, já o objeto da administração escolar é a formação humana, não tem  como as ações serem as mesmas quando possuem essa diferença.

     Teixeira, apesar de ser clássico, tem um pensamento diferente e não considera que a administração da fábrica é semelhante à administração de uma escola e para ele o professor é mais importante que o administrador. Eu acredito que os dois possuem a mesma importância e seu trabalho conjunto é fundamental para que se efetive uma boa administração escolar. 

     Os clássicos cometeram suas falhas e o mais importante a destacar é que eles valorizavam uma boa formação dos professores e que queriam melhorar os conceitos de administração escolar. 

     A perspectiva crítica é resultado das críticas à perspectiva clássica. A visão aponta que a perspectiva clássica elaborava estudos muito técnicos e prescritivos que eram favoráveis a manter o Capitalismo. A perspectiva crítica está correta, pois a educação deve ser um meio de superação e de mudança do sistema. 

     Para Arroyo o diretor escolar deve assumir sua posição política, a escola tem influência de poderes e não tem como o dirigente ser neutro, então o dirigente deve analisar criticamente as relações entre a escola e a sociedade. Também estão corretas as conclusões de Maria de Fátima Félix, que afirma que a escola é resultado das influências políticas, econômicas e sociais e na escola podemos perceber a relação classe dominante e classe dominada. Vitor Paro visa uma administração escolar voltada para a transformação social e, para ele, perceber a administração escolar como semelhante à administração geral era ser a favor da manutenção do sistema capitalista. Vitor Paro é coerente porque tratar a formação humana como uma formação somente para produtividade e não para criticidade é o que resulta na manutenção do que já está posto.

     Os estudos da perspectiva crítica são teóricos e nenhum deles tentou colocar em prática seus métodos, nesse ponto está sua falha. Já sua qualidade é a visão de que tentar praticar uma administração geral na escola é um modo de manter o controle sobre as massas. 


Referência:
SOUZA, A.R. As teorias da gestão escolar e sua influência nas escolas públicas brasileiras. Revista de Estudios Teóricos y Epistemológicos en Política Educativa. V. 2, p. 1-19, 2017.



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